Dani Sordo ostentará o número 1 no seu Hyundai i20N Rally2 na 66ª edição do Rali da Madeira, dentro de uma semana na estrada. O piloto espanhol da Hyundai encabeça a lista de 97 inscritos revelada esta tarde pelo Club Sports da Madeira, entidade responsável pelo evento desde a sua primeira edição, em 1959. O rol hoje revelado é pautado não só por uma grande quantidade de concorrentes como pela grande qualidade das mesmas, deixando antever um rali memorável. Da lista hoje tornada pública constam 24 concorrentes com viaturas Rally2, 7 com RGT e 26 com Rally4, o que, em condições normais, possibilitará aos muitos espetadores presenciarem durante cerca de uma hora a evolução de equipas com as melhores viaturas disponíveis nesta altura ao nível competitivo internacional. O Rali da Madeira contará com vedetas internacionais assim como com os pilotos que discutam as primeiras posições nos campeonatos nacionais e regionais e também aqueles das competições monomarca que incluem a prova no seu calendário. Para além de Sordo, estarão à partida do evento, Simone Campedelli e Diego Ruiloba, os dois pilotos mais rápidos na edição transata, e, entre outros, nomes como os de Kris Meeke, Armindo Araújo, Ricardo Teodósio, Miguel Nunes, José Pedro Fontes, João Silva, Rúben Rodrigues, Alexandre Camacho, o recordista de vitórias no rali, Miguel Caires ou Rui Jorge Fernandes. Estes e outros concorrentes estarão ao volante de todas as marcas presentes neste grupo, Skoda, com várias versões do Fabia Rally2, Toyota GR Yaris Rally2, Citroën C3 Rally2, Hyundai i20N Rally2 e mesmo um Ford Fiesta R5. Filipe Freitas, Gil Freitas, Joachim Wagemans ou Paulo Mendes são referências nos baixos e eficientes RGT feitos pela Porsche e Alpine. Competição dentro de outra, a luta pela primazia no domínio dos utilizadores de viaturas de tração dianteira será acalorada. Para além dos pilotos que marcam o ritmo nesta categoria tanto ao nível nacional como regional, o Rali da Madeira contará novamente com a presença dos principais interessados nas Peugeot Rally Cup Iberica e Portugal. O equilíbrio entre viaturas RC4 leva mesmo nomes como os de Vasco Silva, Sandro Teixeira, Carlos Ferreira, Henrique Moniz, Ricardo Sousa, Giovanni Fariña ou o anterior vencedor do rali, Adruzilo Lopes, a vaticinarem como será o escalonamento nas várias fases da corrida. O evento dirigido por Filipe Sousa contará também com pilotos nos não tão atuais R3T, Nuno Ferreira ou João Alix, ou vedetas do espetáculo como Cláudio Nóbrega em Datsun 1200, Miguel Gouveia com BMW E36 ou Mário Oliveira com Ford Escort RS Mk II. Razões de sobra para uma população devotada aos ralis e os muitos forasteiros que por esta altura se deslocam à Madeira manifestarem a sua impaciência para que o Rali da Madeira esteja na estrada.

Gil Freitas volta a participar no Rali da Madeira cum um Alpine A110 RGT e pretende “conseguir lutar pelos dez primeiros lugares. Isso era muito bom. Estive quase um ano parado e a semana passada estivemos em Ponte de Lima para recuperar ritmo mas infelizmente não acabamos devido a uma avaria na viatura. Faço questão de alinhar no Rali por ser a festa que é. Teremos muitos adversários nosso agrupamento pois esta é uma prova muito apetecida e em que os pilotos gostam de estar presentes. Estamos preparados e só espero que não chova pois com os RGT não podemos levar, como os outros concorrentes, pneus no carro para trocar. Isso condiciona-nos.” O piloto começou nos ralis em 2013 com um Opel Kadett GT/E e nesse mesmo ano rapidamente mudou para um Opel Ascona 400. Na temporada seguinte passou a dispor de um Porsche 997 GT3, que manteve até 2016 e com o qual foi campeão nacional do grupo em 2015 e venceu o troféu AMAK entre 2014 e 2016. Em 2017 esteve aos comandos de um Citroën DS3 R5 mas logo no ano seguinte voltou  aos Porsche, j+a com um 991 GT3. Em 2024 foi décimo classificado no Rali da Madeira com um Alpine A110 RGT com que alinha este ano.

À semelhança de anos anteriores, a RTP Madeira irá fazer a cobertura alargada do Rali da Madeira, com ligação à RTP Internacional. Todas as Provas Especiais de Classificação serão transmitidas em direto pelo canal regional, sendo que 7 delas terão também transmissão na RTP Internacional.  Além das PEC’s, a RTP Madeira irá transmitir programas de antevisão nos dias 28, 29 e 30 de julho depois do telejornal; o pódio de partida e de chegada e programas de balanço, conforme programa abaixo descrito: 31 de julho •    15:55 - Cerimónia de Partida – Pódio Praça do Povo •    19:20 - 1ª PEC – Cidade do Funchal •    Programa de Balanço depois do Telejornal 01    de agosto •    10:20 - Classificativa Campo de Golfe 1, Palheiro Ferreiro 1 e Santana 1 •    15:20 - Classificativa Campo de Golfe 2, 16:05 Palheiro Ferreiro 2 e 17:15 Classificativa Santana 2 •    Programa de Balanço depois do Telejornal 02 de agosto •    10:20 - Classificativa Ponta do Sol 1, Calheta 1 e Rosário 1 •    15:20 - Classificativa Ponta do Sol 2, Calheta 2 e Rosário 2 •    18:17 - Parque de Assistências Final •    18:30 - Pódio Final •    Programa de Balanço depois do Telejornal 04    de agosto •    Programa Balanço Final edição 2025 do Rali da Madeira  

Rúben Rodrigues terá nesta edição a sua primeira participação no Rali da Madeira. O campeão açoriano tem como meta “fazer o máximo de pontos para o campeonato nacional. Temos todas as dificuldades duma estreia neste rali com classificativas tão especificas. Mas estamos prontos para dar o máximo. Temos todas as condições reunidas e estamos motivados e confiantes. A presença na Calheta foi importante pois desconhecia o asfalto madeirense. Foi também bastante gratificante pois conseguimos fazer alguns tempos interessantes. Os ralis madeirenses obrigam a um excelente levantamento do terreno e notas precisas, o que por vezes é muito difícil devido à quantidade de turistas a circular nos reconhecimentos. É um enorme desafio.” O piloto da Auto Açoreana tem 40 anos de idade e está nos ralis desde 2009, ano em que se estreou com um Citroën Saxo Cup. A carreira do piloto foi construída “a pulso” e em 2018 e 2019 sagrou-se campeão açoriano de duas rodas motrizes aos comandos de um Peugeot 208 R2 e de um Peugeot 208 Rally4. Em 2021 passou para o volante de um Citroën C3 Rally2, obteve a sua primeira vitória e também o seu primeiro titulo regional absoluto. Voltaria a ser campeão em 2023 e 2024 com duas versões do Skoda Fabia, rally2 Evo e RS Rally2. Em 2025 encontra-se a disputar o campeonato nacional da especialidade e já mostrou em várias ocasiões a velocidade tantas vezes exibida no arquipélago vizinho.

O açoriano Henrique Moniz estreia-se no Rali da Madeira e tem como objetivos “conhecer a prova. Nesta nossa primeira participação, andaremos à descoberta mas queremos, como é óbvio, fazer boa figura. Há muitos anos que tentávamos alinhar nesta prova. Finalmente conseguimos os apoios e queremos desfrutar ao máximo. Queremos um bom registo mas não conhecemos rigorosamente nada do evento. Toda a nossa época tem sido uma descoberta, temos trabalhado muito e, aqui e ali, temos mostrado um bom ritmo. No entanto, ainda estamos um pouco abaixo do nosso melhor…” Moniz tem 41 anos de idade e disputou o seu primeiro rali em 2006 com um Peugeot 106 S16. Em 2009 passou para os comandos de um Citroën C2 R2, viatura que utilizou até 2013. Depois, já num Citroën DS3 R3T, foi campeão açoriano de duas rodas motrizes em 2014 e 2015. O ano passado apostou no Peugeot 208 Rally4 que traz à Madeira. Em 2025 optou por deixar o arquipélago vizinho e encontra-se a disputar o CPR e a competição monomarca do modelo que tripula. É terceiro na Peugeot Rally Cup Iberica, segundo na Peugeot Rally Cup Portugal e terceiro no Campeonato de Portugal de Ralis 2RM.

Paulo Mendes arrancará para o próximo Rali da Madeira, “como sempre, a tentar chegar ao final com o melhor resultado possível. Apesar de já corrermos com este carro há algum tempo, ainda temos muito a aprender sobre ele e uma prova desta natureza é ótima para tirarmos ilações, descobrir coisas novas e procurar novos acertos ao nível da eletrónica, que é bastante extensa neste modelo. Mesmo nesse contexto, pretendo fazer melhor que já fiz, o ano passado tivemos muitos problemas e foi um problema levar o carro até à meta. Vamos tentar aproveitar o rali duma ponta à outra, esperando que as condições climatéricas sejam boas. Nos Porsche não podemos levar pneus para trocar…” Paulo Mendes tem 61 anos de idade e disputou o seu primeiro rali em 2014 com um Porsche 997 GT3. Tem conciliado ao longo dos anos a presença em rampas com ralis e pauta-se por prestações rápidas mas sempre determinadas por uma grande constância. Venceu a classe RGT no campeonato madeirense em 2021 e 2023. Há um ano estreou a sua atual viatura, Porsche 992 GT3, modelo que foi o primeiro piloto na Europa a utilizar na modalidade. A adaptação aos ralis de um modelo nascido para as pistas demorou algum tempo e o piloto ainda procede a vários ajustes na sua viatura.

Laura Ferreira é a piloto daquela que deverá ser a única feminina à partida da 66ª edição do Rali da Madeira. Uma prova em que pretende “chegar ao fim. Não vamos com olhos colocados nos resultados. Temos que esquecer a nossa saída de estrada no Rali da Ribeira Brava e voltar a confiar no carro. Temos de fazer os “fantasmas” desaparecerem… Nesse cenário, tudo o que vier por acréscimo é bem vindo. Antes de mais queremos que tudo corra bem e um bom rali para todos. Esperamos ter uma boa dinâmica e que consigamos ultrapassar as muitas dificuldades que se colocam aos concorrentes. Estamos a ter mais algum cuidado na preparação do evento pois as classificativas são mais longas e o próprio rali é mais extenso. Vou realizar um sonho!” Laura Ferreira tem 26 anos de idade e deu os primeiros passos no automobilismo em 2023 com um Toyota Yaris, Nessa mesma viatura, o ano passado esteve à partida de rampas e de dois ralis. Em 2025 está ao volante de um Renault Clio Rally5, navegada pela sua irmã Inês que, por ser menor, teve de obter uma autorização especial da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting para ser titular de uma licença desportiva.