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Lendas do RVM: Lancia 037

Tal como no mundo dos ralis, o Lancia 037 é um carro que ficará para sempre na memória dos madeirenses. O modelo italiano desistiu no seu ano de estreia, 1982 mas entre 1983 e 1986 venceu duas vezes e esteve em mais seis ocasiões no pódio. O seu ruído metálico e as linhas da Pininfarina não deixavam ninguém indiferente ao Lancia Rally, o seu nome oficial, que, contudo, ficaria conhecido como 037, o número do projeto na Abarth. Revelado em 1982, o Lancia Rally 037 resultou de um projeto comum da Abarth, Pininfarina e Dallara e, numa altura em que a tração integral começava a se impor, apostava na racionalização máxima de uma viatura de tração traseira no espírito do grupo B. Tinha dimensões reduzidas (3,9m x 1,85m x 1,25m) e o seu peso estava muito próximo do mínimo permitido, 960 kg. Tinha um motor de quatro cilindros em linha com 1.995 cc e debitava cerca de 515 cavalos na sua versão de injeção. Na sobrealimentação era usado um compressor volumétrico Roots que, em detrimento da potência, privilegiava a entrega de binário.

Lendas do RVM: “Zeca” Cunha

O primeiro piloto a conseguir vencer a Volta à Ilha da Madeira, antiga denominação do Rali Vinho da Madeira, foi “Zeca” Cunha. O piloto conseguiu a proeza em 1965 com um Triumph TR4. Para além de uma rapidez muito grande, Cunha tinha uma postura irreverente que ajudou a construir a sua fama. O piloto foi para toda uma geração um símbolo de velocidade e também um exemplo de irreverência e comportamento dissonante dos cânones da altura. “Zeca” Cunha nasceu em 1944 e começou a prática de automobilismo no começo da década de 1960. Esteve ao volante de viaturas como o Triumph TR4 com que venceu o Rali, Ford Cortina Lotus, Renault 8 Gordini, volvo PV544 e Opel GT. A sua velocidade chamou a atenção dos responsáveis pela Gordini que lhe endereçaram um convite para correr para aquela filial da Renault no estrangeiro. O piloto faleceu na segunda metade dos anos 1980 de morte súbita.

Formação equipa de Controladores

Está a decorrer uma formação para as equipas de controladores que irão participar no Rali Vinho da Madeira. Trata-se de uma formação práctica para rever procedimentos em situações de stress e reagrupamentos. Pelas 19 horas terá lugar uma reunião geral para Controladores, Chefes de Troço e Comissários de Estrada. Estes encontros têm lugar na Escola Dr.Horário Bento de Gouveia.

Entrega de material com cumprimento de regras sanitárias

Já começou a ser entregue o material aos concorrentes inscritos no RVM 2020. As entregas serão efetuadas na Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia, durante o fim-de-semana. Neste processo estão a ser seguidas todas as recomendações das Autoridades de Saúde: medição de temperatura, uso de máscara, uso de desinfetante e distanciamento social.  O material entregue aos concorrentes inclui: Conjunto de cadernos de itinerários, conjunto de mapas, identificativos para os condutores e os elementos da assistência, placa de assistência e placa auxiliar, números de competição, autocolantes de publicidade e informações importantes para as verificações documentais, técnicas e para o Parque de Assistências.  

Lendas do RVM: Ferrari 308 GTB

A mítica Ferrari venceu o Rali Vinho da Madeira em 1962 com o não menos endeusado 250 de Horácio Macedo mas seria o 308 GTB a cativar o numeroso público local. Aproveitando a homologação em grupo 4 do modelo para pista, o concessionário francês da marca italiana decidiu apostar na sua utilização em ralis de asfalto. Nesse contexto, Jean-Claude Andruet esteve na Madeira e lutava pela vitória em 1981 quando foi forçado a desistir devido a um problema com o combustível. Nem por isso, o modelo com as belas linhas de Pininfarina deixou de integrar a galeria dos clássicos do evento. O Ferrari 308 GTB foi produzido entre 1975 e 1985 e tinha um comprimento de 4,22m, altura de 1,12m e largura de 1,72m. O motor colocado centralmente na traseira era de 8 cilindros em V com 2.927 cc e debitava em competição cerca de 315 cavalos. Uma das suas características ímpares era dispor de uma carroçaria em fibra de vidro que ajudava a limitar o peso a 1050 kg.

Lutar pela vitória

José Pedro Fontes alinha neste Rali “com os mesmos objetivos de sempre, ser primeiro entre os concorrentes para o campeonato de Portugal e tentar lutar pela vitória absoluta. Se ganhar à geral, ganho também para o CPR. Desde 2014, só em 2019 não fui o melhor entre os concorrentes nacionais, venci o rali a nível absoluto em 2016 e quero manter essa tendência. Vou encarar a prova  nessa perspetiva. Não será fácil pois a concorrência é muito forte e os pilotos madeirenses são claramente favoritos”. Fontes tem 44 anos de idade e estreou-se nos ralis em 1997 com um Seat Ibiza GTI. Manteve-se fiel ao modelo até ao final de 199 mas desde então tem estado a representar várias marcas oficialmente e esteve ao volante de carros como o Fiat Punto Kit-Car, Renault Clio S1600, Fiat Punto S2000 e, mais recentemente, Citroën DS3 R5. Alinhou também noutras disciplinas em que conquistou vários títulos nacionais. Continua a representar a casa francesa, agora aos comandos de um Citroën C3 R5. Foi o vencedor do FIA Iberian Rally Trophy em 2016 e campeão nacional de ralis em 2015 e 2016.

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