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Rali presta tributo póstumo a seis figuras

Será na próxima quinta-feira dia 5 de agosto no final da  apresentação dos pilotos e desfile das viaturas no podium instalado na Praça do Povo. O fotógrafo amador e aficionado do automobilismo, Filipe Ferraz, o antigo co-piloto Duarte  Coelho, o Observador da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting – FPAK, Claudino Romeiro , Noel Deberdt, organizador do Ieper Rally na Bélgica, o saudoso piloto madeirense Janica Clemente e Joaquim Sá e Sousa, que por sinal acompanhou Janica em alguns ralis, passando mais tarde a integrar várias Comissões Organizadoras do RVM, são os seis homenageados postumamente, na cerimónia pública da próxima quinta-feira. O escultor Ricardo Veloza, criou de propósito para assinalar o evento uma peça de arte que nas suas palavras “representa uma homenagem à vida e não à morte”. Nas peças estão representadas as individualidades de cada pessoa alvo deste  tributo do Rali Vinho Madeira.   Na memória descritiva que fez à sua obra, o escultor Ricardo Veloza, fala-nos numa peça que “consiste num plano de ferro, com orifício por onde passa uma fita em metal revestida em folha de ouro, representando a vida, enquanto o elemento em dourado representa a passagem para o outro lado. “O orifício altera conforme o tempo que passaram pela vida. Conforme a idade, o orifício fica no topo do plano, enquanto para os que faleceram mais jovens o orifício fica mais em baixo”  

Repetir vitória

Miguel Nunes estabeleceu para o Rali Vinho da Madeira “o objetivo de conquistar o melhor resultado possível, com a esperança de poder repetir o triunfo de 2020. No entanto, existe muita concorrência e forte. São muitas as equipas com potencial para vencer esta prova. No campeonato de ralis da Madeira já se sente que andamos nos limites e os protagonistas dessa competição vão estar presentes. Para além dos pilotos regionais, não nos podemos esquecer que as equipas que nos visitam também vão querer dar o seu melhor. Para este rali não teremos nada de novo, apenas efetuamos pequenos acertos na base que já tínhamos antes. Nesta fase em que estamos é difícil fazer melhor”. Miguel Nunes tem 40 anos de idade e começou nos ralis em 2005 com um Citroën C2 R2. Em 2007 passou para o volante de um Peugeot 206 S1600 com que foi vice-campeão regional em 2008. Repetiu a classificação em 2009 já com um Peugeot 207 S2000 e com essa viatura obteve o seu primeiro título em 2010. Mudou então para um Mitsubishi Lancer Evo X e voltou a ser campeão em 2012 e 2014. Esteve então uns anos com pouca atividade desportiva, quase sempre aos comandos de um Ford Fiesta R5. Em 2018 voltou em pleno ao “Regional” com um Citroën DS3 R5 e depois com um Hyundai i20 R5, viatura que manteve para 2019. Em 2020 foi novamente campeão, desta feita com um Skoda Fabia Rally2 Evo. Em 2021 venceu em Machico, foi segundo na prova inaugural e está na segunda posição do campeonato.

FIA ERT: O que é e como funciona?

O FIA European Rally Trophy nasceu em 2014 e sucedeu à Taça da Europa de Ralis. Nos moldes atuais, este é um troféu europeu de ralis que está dividido em oito regiões geográficas. Existem as zonas Alps, que engloba países como a França, Itália e Suiça, em torno dos Alpes, Balkan, integrando países como a Bulgária, Roménia, Turquia e Sérvia, ao longo dos Balcãs, Baltic, para países como a Letónia, Estónia e Lituânia, banhados pelo Báltico, Benelux para Bélgica e Luxemburgo, Celtic, reservado à Irlanda e Reino Unido, Central, com países centrais como a Áustria, Rep. Checa, Croácia, Eslovénia, Polónia ou Alemanha, Iberian para Portugal e Espanha e ainda Scandinavian para Suécia, Finlândia e Dinamarca. Em todas estas zonas são obtidos campeões não só ao nível absoluto (ERT1) como ainda para viaturas de duas rodas motrizes (ERT2) e Junior, para pilotos com menos de 26 anos. De todas as zonas, os dez primeiros classificados de cada escalão estão também apurados para a Final. É nessa Final que se atribui o título em todos os escalões. Em 2021 a Final terá lugar no Internationale ADMV, Lausitz Rallye a disputar na Alemanha entre 4 e 6 de novembro Essa final teve como palco em 2017 e 2018 o Rali Casinos do Algarve, em Portugal.

As classificativas do RVM (Dia 2)

PE 9 e 13 – CÂMARA DE LOBOS Câmara de Lobos entrou há alguns anos  para o Rali Vinho da Madeira e disputa-se entre o Caminho das Fontainhas e a Est. Ribeira Garcia. Está dividida praticamente em duas metades, a primeira em subida e a segunda em descida. Alterna algumas retas com sequências de curvas muito técnicas e até mesmo algumas sequências de “ganchos” a favorecerem o espetáculo. Também junta zonas de floresta e agrícolas com áreas de casario. Acessos: Por Câmara de Lobos: Cam. Velho Igreja, Cam. Francelheira e Cam. Luzirão   PE 10 e 14 – PONTA DO SOL Ponta do Sol teim início na Est. Vale e Cova do Pico e evolui em zonas muito rápidas em que pelo meio surgem alguns ganchos até ao Carvalhal, zona tradicionalmente de espetáculo nos arruamentos vizinhos ao estádio municipal e a partir tem início uma descida que se torna arrepiante nos últimos metros antes da ribeira da Madalena do Mar Acessos: Pela Ponta do Sol: pelo Cam. Lombo do Meio, pela est. Eng. Ribeiro de Sousa e ER 222   PE 11 e 15 – PONTA DO PARGO Esta prova especial cuja classificação é na maior parte das vezes determinada pela destreza dos pilotos devido ao ser muito exigente nas sequências de ganchos longos e curvas em ambas as direções muito próximas. O seu piso vai do bastante húmido na zona ladeada por árvores ao muito seco e abrasivo nas zonas descobertas. Como é toda muito idêntica ao longo de toda a sua extensão, obriga a boas notas de andamento. Acessos: Pela Ponta do Pargo: caminho municipal que dá acesso ao Pedregal e Serrado   PE 12 e 16 – ROSÁRIO Cruza a ilha na linha imaginária entre São Vicente e a Riveira Brava desde o Rosário à Serra d’Água, passando pela Encumeada. Requer muita condução na subida até à Encumeada e posteriormente uma grande temeridade na descida vertiginosa até final. É uma das provas especiais que junta mais espetadores no Rali Acessos: Sem estradas alternativas de acesso, requer deslocação atempada pelo início e final.  

As classificativas do RVM (Dia 1)

PE 1 e 5 – CAMPO DE GOLFE Esta prova especial tem início na ER 207, após a entrada do campo de golfe local e inclui uma pequena sequência de retas até ao Santo da Serra. Daí e até à Fonte de Santo António, o percurso é bastante sinuoso e estreito. Posterior à também muito veloz evolução até à Ribeira de Machico e Portela que antecede nova zona plana até à Serragem no Santo da Serra. Acessos: Pelo Santo da Serra: no cruzamento com a Est. Fonte de Santo António e pelas EM Caramanchão e EM Lombo das Faias. Por Machico: Na Ribeira de Machico (Atenção: Saída de Emergência) e Portela pelo Cam. Fajã dos Rolos. Pelo Porto da Cruz: pela ER 108 (Atenção: Saída de Emergência)   PE 2 e 6 – PALHEIRO FERREIRO A ER 201, vulgo Caminho dos Pretos, é a “catedral” dos ralis madeirenses e no passado poucas eram as provas que não a incluíam no seu itinerário. É realizado “a subir” entre o Palheiro Ferreiro e o Terreiro da Luta com um traçado que mistura quase na perfeição as zonas rápidas com aquelas a requererem muita técnica. Acessos: Pelo Funchal: pelo Cam. São João Latrão, pela Rua Nova Curral dos Romeiros e na Choupana, pelo Cam. Meio e Cam. Terço   PE 3 e 7 – BOAVENTURA Boaventura foi durante longos anos o único troço cronometrado disputado unicamente na zona norte da ilha. Durante muitos anos esteve também ausente do itinerário do Rali Vinho da Madeira. Requer muita técnica na constante mudança entre subidas e descidas e zonas rápidas e lentas num percurso por vezes estreito entre a Boaventura e o Arco de São Jorge. Acessos: Sem estradas alternativas de acesso, recomenda-se a deslocação atempada pelo início e final da classificativa.   PE 4 e 8 – CIDADE DE SANTANA PE 4 e 8 – CIDADE DE SANTANA Introduzida há 13 anos no itinerário do Rali Vinho da Madeira tem início nas imediações do centro da freguesia da Ilha e termina na Est. Eiras. É realizada praticamente sempre em subida, exceção feita a algumas zonas planas e muito rápidas. No seu percurso existem zonas muito técnicas em que surgem alguns “ganchos”. A sua disputa é muitas vezes marcada por condições climatéricas diversas da do resto da ilha. Acessos: Por Santana: pelo Cam. Queimadas, pela Est. Padre Agostinho J. Cardoso, pela Rua Joaquim S. Branco (Atenção: Saída de Emergência) e pelo Cam. Feiteira do Nuno.

Tentar quarta vitória

Alexandre Camacho arranca para o Rali Vinho da Madeira com o “objetivo de tentar vencer pela quarta vez a prova. Vamos ter adversários muito fortes, como o Miguel Nunes e o Pedro Paixão, e também poderá aparecer algum piloto continental na luta pela primeira posição. O ritmo nas provas do campeonato madeirense tem vindo a subir de evento em evento e creio que este rali irá ser muito competitivo e muito rápido, de grande qualidade. Fizemos os primeiros quilómetros com o nosso carro atual em Machico e, nesse sentido e com as indicações que recolhemos nessa participação, estivemos a trabalhar em algumas coisas que poderiam ser melhoradas pois pretendo ter tudo à minha medida”. Com 41 anos de idade, Alexandre Camacho deu os primeiros passos nos ralis em 2001 com um Toyota Yaris. Tripulou inúmeras viaturas e na última década esteve ao volante de Peugeot 207 S2000, Porsche 993 GT3, Peugeot 208 T16, Skoda Fabia R5 e, durante o ano passado, Citroën C3 R5. Em 2021 já utilizou um Citroën C3 Rally2 e agora um Skoda Fabia Rally2 Evo. Do seu palmarés constam seis títulos madeirenses absolutos (2008, 2009, 2015, 2017 e 2019) assim como a conquista do FIA European Rally Trophy em 2018. Após a vitória na Ribeira Brava e o segundo lugar em Machico, é o líder do campeonato regional.

Siga o RVM nos seus Equipamentos móveis

Os aficionados do Rali podem acompanhar a evolução do RVM 2021 através dos seus equipamentos móveis. As informações e resultados da prova estão disponíveis em duas aplicações móveis para IOS e Android. Na App Rali Vinho Madeira os utilizadores podem aceder a notícias, vídeos e fotografias das várias PEC’s, Parques de Assistência e Pódio de Partida e Chegada. Toda a informação é atualizada ao minuto. É possível consultar os resultados dos concorrentes nas diversas provas.  Na App AMAWEB estão disponíveis os tempos de cada piloto e as classificações após cada PEC, assim como resultados dos campeonatos regionais, nacionais e europeus. É ainda possível aceder a dados estatísticos e históricos de provas anteriores.  A aplicação conta este ano com uma novidade: a introdução do Quadro Oficial. Os utilizadores que já têm a versão anterior instalada, deverão atualizar para aceder a nova funcionalidade. As duas aplicações podem ser descarregadas no site oficial da prova: www.ralivm.com  

Paróquias apoiam equipas de segurança do RVM

As equipas de segurança do RVM contam este ano com o apoio dos responsáveis das paróquias por onde irá passar o rali. O objetivo é ajudar na divulgação de informações importantes para a segurança da prova junto das populações, sobretudo os mais idosos, que vivem nas zonas rurais. Padres e Cónegos mantêm uma relação de proximidade com os paroquianos, o que facilita a transmissão da informação e esclarecimentos, nomeadamente ao nível do encerramento das estradas e sensibilização para o cumprimento dos planos de segurança.   

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