As classificativas do Rali: Câmara de Lobos

por Pedro Calado, copiloto   “Início do rali no sábado. É uma classificativa muito particular e difícil. Zona inicial com subidas e zonas muito estreitas e sinuosas, passando por zonas de muitas residências, difíceis de reconhecer pelo número de carros e pessoas à porta de casa. Classificativa de muita condução e atenção. Sinuosa, alternando na parte final, depois da Eira das Moças e, até ao final com zonas rápidas. Requer reconhecimento e conhecimento profundo do troço. Bom piso e o clima costuma estar bom. Ideal para um bom início de prova no sábado. Atrai sempre muito público, sobretudo na zona do Parque Empresarial e final no Cabo Girão.”

Amanhã há sessão de autógrafos e reconhecimentos

Amanhã tem início mais uma Semana do Rali. O programa do Rali Vinho da Madeira entra na fase competitiva com o começo da realização dos reconhecimentos por parte das equipas inscritas. Os reconhecimentos são sessões realizadas pelos concorrentes a velocidade controlada nas estradas a serem percorridas durante a prova para que sejam recolhidas e confirmadas as muito importantes notas de andamento. Terça-feira, 1 de agosto, entre as 08:00 e as 18:00, poderão ser reconhecidas as classificativas que compõem a segunda etapa, Câmara de Lobos, Ponta do Sol, Calheta e Rosário. Ao final da tarde decorre a sempre muito concorrida sessão de autógrafos, que, uma vez mais, terá lugar junto ao Casino da Madeira. Entre as 21:30 e as 23:00, os milhares de adeptos e entusiastas que acorrem a uma ocasião única para convívio com as 85 equipas inscritas e também com a possibilidade de observar mais de perto algumas das viaturas que, a partir de quinta-feira, 3 de gosto, estarão na estrada entusiasmando multidões.

Como vai o Campeonato de Ralis Coral da Madeira?

O campeonato madeirense de ralis não registou grandes alterações na entrada em 2023 e engloba as mesmas sete provas que o ano passado. A temporada teve início em abril em São Vicente. Na costa norte, Alexandre Camacho arrancou bem e ainda beneficiou de uma penalização por falsa partida do seu maior opositor. No entanto, com a chegada ao segundo dia de competição, o campeão Miguel Nunes conseguiu anular a diferença que o separava da frente e ainda se impor no evento. Tudo apontava para que o piloto do Skoda Fabia Rally2 Evo da Lotes viesse a dominar como no final da época anterior. No entanto, Camacho procedeu a afinações e outras alterações no Skoda Fabia Rally2 Evo da Play e a história do campeonato sofreu uma reviravolta. O ritmo nos ralis regionais passou a ser ditado por este piloto que arrasou a concorrência na Calheta, em maio, na Ribeira Brava, em junho, e, mais recentemente, em Machico. Com esta demonstração de força, Alexandre Camacho dispõe de boa vantagem no campeonato e, com três eventos por disputar, Vinho da Madeira, Municípios de Câmara de Lobos e Funchal e 100 à Hora, o título pode ser rapidamente entregue caso Miguel Nunes não consiga reagir. Miguel Caires passou este ano a tripular um Skoda Fabia R5 e tem estado, apesar da adaptação a uma viatura muito mais potente que a anterior, em bom plano, ocupando, com margem confortável, o lugar mais baixo do pódio momentâneo da competição. Rui Pinto, com Ford Fiesta Rally2, e José Camacho, num Peugeot 208 T16 R5, não têm mostrado velocidade para subir ao palanque e são, nesta fase, quarto e sexto no campeonato promovido pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting. As equipas com Porsche têm tido presença e prestação irregular este ano. Excelente posicionamento, quinto ao nível absoluto, tem João Silva. O piloto do Peugeot 208 Rally4 da FX tem dominado os acontecimentos na sua categoria e, por vezes, discutido lugares à geral com adversários com viaturas mais competitivas. Neste escalão, em evidência têm igualmente estado Renato Pita e Artur Quintal, ambos em Peugeot 208 Rally4, e Dinarte Baptista, com Renault Clio Rally4. Classificação: 1º Alexandre Camacho, 112; 2º Miguel Nunes, 89; 3º Miguel Caires, 63; 4º Rui Pinto, 38; 5º João Silva, 36; 6º José Camacho, 24; 7º Paulo Mendes, 20; 8º Renato Pita, 18; 9º José P. Fontes, 17; 10º Artur Quintal, 15. Estão classificados 33 pilotos.

Ganhar mais uma vez

Alexandre Camacho defende a vitória alcançada em 2022 no Rali Vinho da Madeira e a sua meta é, “obviamente, voltar a estar na luta pelo pódio. O ideal era ganhar a prova mais uma vez. Mesmo sabendo que esta edição vai ser muito competitiva. No rali vão estar muitos pilotos rápidos e experientes ao nível regional, nacional e internacional. Para além disso, também o novo Skoda será uma incógnita. Antevê-se um rali muito disputado. Em 2023 as dificuldades também são acrescidas pois as rondas da primeira etapa incluem uma grande variação geográfica, com traçados diferentes e com condições meteorológicas às vezes diversas. Tudo isso levará a que sejam muito difíceis a escolha de pneus e afinações a utilizar. De qualquer forma, vamos tentar mais uma vez. Peço também ao público que esta atento às recomendações de segurança para que o Rali seja uma festa”. O recordista, com cinco triunfos, de vitórias no Rali Vinho da Madeira conta 43 anos de idade e fez o seu primeiro rali em 2001 com um Toyota Yaris. Esteve, ao longo da sua carreira, aos comandos de Citroën Saxo, Citroën Saxo Kit-Car, Peugeot 206 S1600, Peugeot 207 S2000, Porsche 997 GT3, Peugeot 208 T16, Skoda Fabia R5 e. desde meados de 2022, Skoda Fabia Rally2 Evo. Foi o vencedor do FIA European Rally Trophy em 2018 e campeão regional absoluto seis vezes, em 2008, 2009, 2015 e entre 2017 e 2019. É o líder do Campenato de Ralis Coral da Madeira.

As classificativas do Rali: Cidade de Santana

por Pedro Calado, copiloto   “Classificativa muito rápida e exigente. Este ano mais longa do que é habitual. Começa a subir com alguns ganchos e zonas rápidas e encadeadas, passando junto ao primeiro túnel, com uma zona de saída que merece atenção. Alternando entre zonas rápidas, com subidas, descidas, com zonas muito estreitas e outras muito rápidas, onde toda a atenção é necessária. A parte intermédia do troço, entre o Curral Velho, Silveira e Lombo do Curral obriga a grande condução e atenção a algumas “ratoeiras”. A parte final, da Feiteira de Cima até as Eiras é simplesmente espetacular em termos de condução e rapidez. A segunda passagem por este troço será realizada ao final do dia e a visibilidade dependerá muito das condições climatéricas. O público agradece.”

Como vai a Peugeot Rally Cup Ibérica?

A Peugeot Rally Cup Ibérica é uma competição monomarca instituída pela marca francesa e cujo calendário engloba seis eventos, metade em Portugal e a outra em Espanha. Nesta altura já foram cumpridos os ralis Terras d’Aboboreira, Vodafone de Portugal e Ourense. Faltam disputar três provas, Vinho da Madeira, Princesa de Asturias e RACC Catalunha. Na frente deste troféu está o português Pedro Antunes, que venceu nos ralis Terras d’Aboboreira e Ourense e não foi além do quarto posto na tirada do WRC disputada no nosso país. O piloto de Torres Vedras dispõe boa vantagem sobre os espanhóis Iago Gabeiras e Sergi Perez. Gabeiras foi segundo e terceiro nas duas primeiras provas do ano mas desistiu na única até agora realizada no seu país. Percurso quase inverso tem Perez, que abandonou na abertura mas foi segundo e quarto mais recentemente. Sem nunca ter subido ao pódio, Aleksandr Semenov é o quarto classificado, na frente de Ricardo Sousa, o melhor no Rali de Portugal mas que desistiu nos dois outros eventos. Classificação: 1º Pedro Antunes, 72; 2º Iago Gabeiras, 41; 3º Sergi Perez, 38; 4º Aleksandr Semenov, 32; 5º Ricardo Sousa, 26; 6º Ernesto Cunha, 24; 7º Alex Español, 20; 8º Santiago Garcia, 17; 9º Hugo Lopes, 14; 10º Paulo Roque, 14. Estão classificados 20 concorrentes.

Estar na luta pela vitória

Miguel Nunes arranca para o Rali Vinho da Madeira determinado em “dar o nosso melhor e andar nos primeiros lugares. Este ano a lista é muito bem composta e existirá muita disputa pelo triunfo. Queremos estar nessa luta e nesse patamar de competitividade. O RVM é sempre disputado a bom ritmo, do princípio ao final, e também requer alguma sorte. Já sentimos isso na pele, algo que nos faz perder o rumo. Nesta prova é necessário cumprir, em toda a extensão, a linha de trajetória ideal e facilmente poderemos, por breves instantes, nos desconcentrar, o que é logo penalizante dado o grande número de candidatos. As secções da primeira etapa este ano têm uma maior abrangência geográfica, o que tornará ainda mais desafiante fazer a escolha de pneus acertada. Tudo conta e poderá ser bastante difícil dispor em todo o lado dos pneus mais adequados”. Vencedor do Rali Vinho da Madeira em 2020, Nunes tem 42 anos de idade e a sua estreia nos ralis foi em 2005 com um Citroën C2 R2. Já passou pelo volante de carros como o Peugeot 206 S1600, Peugeot 207 S2000, Mitsubishi Lancer Evo X, Ford Fiesta R5, Citroën DS3 R5 e Hyundai i20 R5. Foi campeão regional absoluto seis vezes, em 2010, 2012, 2014 e de 2020 a 2022. Atualmente tripula um Skoda Fabia Rally2 Evo e é segundo no Campeonato de Ralis Coral da Madeira.

Curiosidades do Rali: Peugeot é a marca mais representada

A Peugeot é a marca mais representada na próxima edição do Rali Vinho da Madeira. Muito por força da presença da Peugeot Rally Cup Ibérica, a casa do leão é utilizada por bem mais de um quarto da caravana. No parque de partida, frente à Câmara Municipal do Funchal, deverão estar 20 208 Rally4, 2 208 R2, 2 306 S16/GTI e 1 208 T16 R5. Também francesa, a Citroën tem a segunda maior representação, equipando 11 concorrentes. Da lista de inscritos constam 3 C3 Rally2, 3 C2 R2, 2 Saxo, 1 Saxo Kit-Car, 1 AX e 1 DS3 R1. Duas marcas serão defendidas por 8 equipas. Skoda, com 6 Fabia Rally2 Evo, 1 Fabia RS Rally2 e 1 Fabia R5, e Toyota, com 6 Yaris, 1 Yaris Proto e 1 Starlet, estão nessa situação. Seguem-se a Ford, 2 Fiesta Rally2, 2 Fiesta R2T, 1 Fiesta R5, 1 Fiesta Rally4 e 1 Escort Mk II, e a Renault, 3 Clio R3T, 2 Clio Rally4, 1 Clio Rally5 e 1 Clio RS, disporão de 7 unidades. Os Hyundai, i20N Rally2, e Porsche, 3 991 GT3 e 1 997 GT3, serão 4. O logotipo da Mitsubishi estará em 3 viaturas e presença solitária têm VW, Alpine e Fiat.

As classificativas do Rali: Palheiro Ferreiro

por Pedro Calado, copiloto   “Classificativa clássica e muito difícil, pela sua extensão, dificuldade e concentração que exige. Parte inicial, do Palheiro Ferreiro até ao Terreiro da Luta, em zona de muita condução, rápida e muito técnica ao longo de cerca de 7 km. Passamos ainda pela zona espetáculo da Choupana com um lindo (e matreiro) salto, seguindo-se a subida da Ribeira das Cales até ao Portão Sul do Chão da Lagoa. A partir daí, entramos no planalto onde toda a atenção, é pouca, sobretudo se estiver nevoeiro ou com chuviscos. Muita condução, ágil e concentração absoluta. Após a saída do Portão Norte até ao Poiso, com rápidas descidas, seguindo-se o sempre espetacular cruzamento do Poiso, onde temos a companhia de muito público. Até ao final temos apenas cerca de 500 metros. As condições climatéricas são muito incertas e o nevoeiro pode ajudar a baralhar os tempos. Piso bom na quase totalidade do troço. Atenção apenas na zona do Chão da Lagoa, com o empedrado e algumas lombas matreiras”.

Três concorrentes do Rali em Roma

Este fim de semana disputou-se o Rally di Roma Capital, sexta prova do ERC, e no asfalto italiano estiveram três das equipas que, no final desta semana, estarão a participar no Rali Vinho da Madeira. A prova foi ganha por Andrea Crugnola com um Citroën C3 Rally2 e na segunda posição ficou Giandomenico Basso, na ocasião ao volante de um Skoda Fabia RS Rally2. O piloto italiano esteve sempre em luta pela definição dos lugares do pódio e, durante a primeira etapa, num animado duelo com Yoann Bonato. A partir do momento em que o francês furou, Basso ficou numa posição confortável no segundo posto mas não foi por isso que baixou o ritmo, terminando a pouco mais de 20 segundos do vencedor. Também italiano, Simone Campedelli não arrancou bem mas rapidamente recuperou posições e parecia ter lugar garantido no lote dos cinco primeiros classificados. No entanto, o piloto do Skoda Fabia Raly2 Evo seria mais um dos que furaram e caiu muitos lugares, concluindo o evento no 12º posto. O madeirense Miguel Caires também esteve presente, utilizando um Skoda Fabia Rally2 Evo. Naquela que foi a sua estreia numa prova deste campeonato, rodou entre os 30º e 40º mais rápidos em classificativa até furar, rodar muito tempo sobre um jante, e ser forçado a desistir. Regressou na segunda etapa em super-rali, voltou ao nível do que tinha rodado nos quilómetros iniciais e cortou a meta na 68ª posição.

As classificativas do Rali: Campo de Golfe

por Pedro Calado, copiloto   “Esta classificativa começa na reta do Clube de Golfe, em zona muito rápida, com algumas lombas feitas a fundo, sobretudo até chegar à curva do Hotel do Santo. A partir daí, descemos até á zona da Fonte de Santo António, com zonas muito técnicas e estreitas, que obriga a cuidados redobrados, sobretudo se estiver húmido. A estrada da Ribeira de Machico até à Portela e daí até à Serragem (Santo), passando pelo sempre espetacular “caracol” da Portela, com muita condução e zonas encadeadas que obriga a conhecer bem o troço. Bom asfalto e bermas limpas. O clima e o nevoeiro podem ajudar a “baralhar” as escolhas de pneus, podendo ser determinantes nesta fase da prova. Este ano fazemos a classificativa de manhã e à tarde.”.

Vencer o Rali

Giandomenico Basso está de volta ao Rali Vinho da Madeira com um Skoda Fabia Rally2 Evo. O italiano revela-se “contente de regressar a esta ilha à qual tenho uma grande ligação, onde tenho tantos amigos e conto com tantos fãs adentro dos muitos adeptos apaixonados. A me acompanhar estará o Lorenzo Granai e, precisamente neste rali, estaremos a comemorar 10 anos que fazemos equipa. Nessa ocasião vencemos. Há tantos anos que não vou à Madeira e isso exigirá muito trabalho de preparação, apesar da proximidade do Rally di Roma Capitale. Quanto a objetivos, tenho os mesmos de sempre, vencer o rali. Não será fácil pois existem muitos pilotos fortes para além, como é óbvio, dos locais. Vai ser divertido voltar a lutar com o Kris Meeke, alguém com quem disputei muitos ralis e que estimo muito mas com quem não luto há muito tempo. Esta edição tem algumas coisas novas mas, na generalidade, conheço as classificativas. Procurarei estudar bastante e prometemos dar, com a Delta Rally, o nosso melhor”. Vencedor do Rali Vinho da Madeira por quatro vezes, em 2006, 207, 2009 e 2013, Basso tem 49 anos de idade e a sua estreia nos ralis deu-se em 1994 com um Opel Astra GSi. Entre 1995 e 2010 só usou Fiat mas desde então já guiou para a Proton, Hyundai e Skoda, com passagem por alguns modelos da Peugeot e Ford. Foi campeão europeu em 2006 e 2009, venceu o Intercontinental Rally Challenge em 2006 e o Tour European Rally em 2017 e 2018, e obteve os títulos absolutos do seu país em 2007, 2016, 2019 e 2021.

Mensagem do presidente do Club Sports da Madeira e da Comissão Organizadora do RVM 2023

É com uma incontida satisfação e um enorme prazer que lhes endereço, em nome do centenário Club Sports da Madeira, uma calorosa saudação de boas-vindas à Madeira e à “ festa do Rali Vinho da Madeira” , o evento desportivo internacional que mais promove o destino turístico Madeira e o seu secular e afamado produto de exportação. É a mais antiga prova automobilística de ralis, em Portugal, porque, bastará recordar as primeiras “ Voltas à Ilha” para nos apercebermos como sempre foi vivido e acarinhado por todos os madeirenses que, duma forma muito própria, se posicionavam nas suas estreitas e sinuosas estradas para acompanharem de perto, os desafios que eram lançados a pilotos e suas viaturas, para vencerem a difícil orografia e microclima da Ilha. Este entusiasmo com que as sucessivas gerações de madeirenses recebem o Rali Vinho da Madeira mantem-se e renova-se, anualmente, o que obriga a comissão organizadora a manter sempre uma elevada ambição de forma a corresponder às expectativas dos nossos adeptos e continuar a afirmar todo o seu historial e prestígio, no contexto do desporto automóvel nacional e internacional. Não há outro evento desportivo que combine na perfeição, a promoção exterior da Região e a dinamização da sua atividade económica interna. Bastará referir o contributo para a economia, medido não só pelo seu retorno mediático gerado, mais de 12,7 milhões de euros de AVE (Advertising  Value Equivalency ), pelas receitas geradas diretamente em estadias e alimentação, por todos os concorrentes respetivas equipas e acompanhantes, para além dos impostos indirectos sobre o consumo e da contratualização de empresas prestadoras de fornecimentos com sede fiscal na Região. Urge fazer um estudo sobre o forte impacto, que o Evento tem na economia da Madeira, mas não restam dúvidas que numa análise da relação custo / benefício, o Rali Vinho da Madeira é sustentável economicamente e um contributo positivo para as receitas regionais e municipais. Em termos desportivos, o Rali Vinho da Madeira 2023, pontua para o Troféu da Europa de Ralis FIA, para os Campeonatos de Portugal e Coral da Madeira de Ralis e, este ano, para o Troféu Peugeot Rally Cup Ibérica, uma competição monomarca que trará à Madeira, cerca de 14 concorrentes a que se juntarão quatro equipas madeirenses, no que será “ um outro rali” dentro desta edição da prova. A comprovar o prestígio e a imagem internacional do nosso rali, bastará percorrer a lista de inscritos, não só pelo elevado número de inscritos numa prova insular, que a todos surpreendeu, como também pela qualidade e pelo facto, de termos vários pilotos que são ex-vencedores do rali Vinho da madeira o que, desde logo, será determinante para termos muita competitividade nas estradas da região.

As classificativas do Rali: Cidade do Funchal

por Pedro Calado, copiloto   “Classificativa-espetáculo bem no centro da Cidade do Funchal, a decorrer ao final da tarde de quinta-feira. A cerimónia de partida na Av. Do Mar – Praça do Povo, atrairá muita gente para viver de perto toda a emoção da prova. Inicia-se a prova espetáculo em zona descendente perto dos Bombeiros Sapadores do Funchal, entrando no túnel de acesso à Rotunda Francisco Sá Carneiro, com uma rotunda espetacular e termina à frente da Marina do Funchal, na faixa norte. Toda a classificativa é muito rápida e com zonas espetáculo e de chicanes. Naturalmente acorrem milhares de pessoas, dando muita alegria a todas as equipas e vida à Cidade. Muito rápida e técnica, para ser feita com atenção. Tratando-se de uma classificativa citadina, com chicanes e de apenas 2,18 km, “nada se perde”, mas muito se pode “comprometer”. Muito bonito para o público em geral, sobretudo na nova zona da Praça do Povo. Um bom começo para os dois dias de prova seguintes”.

Vai ser como começar de novo

Kris Meeke volta, após 13 anos e com um Hyundai i20N Rally2, ao Rali Vinho da Madeira “com mais cabelos brancos, mas lembro-me das dificuldades da minha estreia, em 2009, sobretudo para antecipar, nos reconhecimentos, a velocidade em que passaríamos em prova. Em 2010 já estive melhor mas desisti, perto do final, com problemas mecânicos. É um lugar muito bonito, um rali de asfalto muito tradicional. Talvez ainda mais difícil que a Córsega porque a estrada é mais larga e não conseguimos ter notas tão precisas. O objetivo para este ano é um bocado limitado pois tenho uma vaga ideia da prova e não me lembro dos aspetos técnicos. Vai ser como começar de novo. Os concorrentes portugueses conhecem bem a prova, os madeirenses estão muito familiarizados com o traçado. Será quase missão impossível os bater. Vou lutar a pensar no campeonato português. Vamos ver. Vou tentar fazer o meu melhor pois gosto bastante da ilha”. Com 44 anos de idade, Kris Meeke começou nos ralis no ano 2000 com um Peugeot 106 GTi. Foi campeão britânico júnior em 2002 com um Ford Puma S1600 e em 2003 com Opel Corsa S1600. A sua velocidade e estilo de condução levaram a que fosse apadrinhado por Colin McRae. Representou marcas como a Peugeot, no quadro do IRC, e Mini, Citroën e Toyota no WRC mas o seu único título absoluto foi o alcançado em 2009 no Intercontinental Rally Challenge. Tem trabalhado no desenvolvimento de vários modelos de competição. Em 2023 substituiu o malogrado Craig Breen na equipa da Hyundai Portugal e é quinto no CPR depois de ter vencido em duas das suas três participações.

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